terça-feira, 16 de novembro de 2010

Deixou Saudade... Queer As Folk



Polêmicas a parte, o Deixou Saudade de hoje relembra uma série muito peculiar, Queer As Folk, que conta a história de quatro amigos gays que vivem em Pittsburgh (EUA), Brian Kinney, Michael Novotny, Emmett Honneycutt e Ted Schmidt.

Tudo começa em uma das noites na Babylon, a boate gay mais badala da cidade, onde sob a narração de Michael, acontece a apresentação de si, de cada um de seus amigos e da vida que levam:

Brian é o mito, o maior garanhão de todos. É Bonito e bem sucessido na carreira de publicitário; Ted é inseguro, o métodico contador não é muito popular e com isso sofre na hora da paquera; Emmett, com seu espírito de drag queen garante a diversão da galera, para se ter uma ideia, trabalha numa sex shop. Já Michael, o certinho, tenta ser o ponto de equilíbrio entre os amigos e se tornar gerente da loja de departamentos em que trabalha.


Brian, Emmett, Ted e Michael

Na noite em questão, surge no caminho deles o adolescente Justin Taylor, que faz sua "estreia" na noite gay da cidade. A partir de então, ele jamais deixaria a vida dos quatro, principalmente a de Brian, que logo ao ver "carne fresca" no pedação, trata de partir pro ataque. Porém, o desenrolar desta história é o mais complexo do mundo: Brian é totalmente avesso a qualquer tipo de envolvimento além do sexo sem compromisso, mas Justin se apaixona, e quer mais. Muitas confusões, que se arrastam pelas cinco temporadas, marcam a relação. Entre idas e vindas, momentos de paz e de conturbação e acontecimentos inesperados dá pra chorar e torcer muito por esse amor.


Justin

Michael é o melhor amigo de Brian, eles se conhecem desde a infância e tem uma cumplicidade invejável. Acontece que Michael é apaixonado pelo amigo, e essa paixão platônica, digamos assim, sempre atrapalha os namoros do rapaz, que não consegue dizer não a nada que Brian peça.
Até que após algumas tentativas sem sucesso, casa-se com o professor universitário Ben e adota Hunter, um garoto de rua de 16 anos, que se prostituia e é HIV positivo.


Ben, Hunter e Michael

O fracasso na vida amorosa acompanha Ted. E a frustração quanto a isso, o leva mais tarde, a problemas com drogas. Chega a se envolver com Emmet, mas a relação não dá certo. No final termina feliz e recuperado ao lado de um antigo caso, que ironicamente foi quem o apresentou às drogas.
Para Emmett autenticidade é sinônimo de se feliz. De simples vendedor a estrela de telejornal na TV, passando pela meteórica carreira de astro pornô. É o ombro amigo que todo mundo deseja, sabe dar valor a vida. Se envolve com um velho milionário que morre e termina ao lado de um reconhecido jogador de futebol americano.

Além dos personagens centrais, outros são tão importantes e inesquecíveis quanto, como Debbie, a mãe de Mike, que é faz o tipo mãezona que toda família deveria ter e o tio, Vic, o maior apoiador de Michael.


Debbie e o filho

Tem também a Lindsay, que tem um filho de Brian e sua esposa, Melanie.


Linz e Mel

Muito além de levantar qualquer bandeira, Queer As Folk nos leva a reflexões, não só com relação a homossexualidade, por tratar de forma muito real o preconceito, como também sobre relações familiares e profissionais. Pode ser considadera um marco nesse tipo de abordagem para uma série de televisão. A carga dramática é garantinda, assim como os bons momentos de gargalhadas, o fato é que a saudade ficou após seus cinco anos em exibição, entre 2000 e 2005.


6 comentários:

emilia disse...

xoxo pro cêis do brógui!

adriana2402 disse...

Muito bom lembrarem de QAF, é uma série muito subestimada, acho que pq não fazia graça do estilo de vida gay, sei lá.
Valeu, adoro o blog!

Jader Gomes disse...

Obrigado, Adriana! Volte sempre!

Anônimo disse...

AMO essa série, principalmente pela sinceridade que trata os gays, não poderia ser mais realista. Nós somos mostrados aqui nos mais diversos tipos, não só como seres afetadamente afeminados como a TV aberta brasileira ainda insiste mostrar. Debbie é a mãe dos sonhos de qualquer gay, ativista, mãezona super preocupada com a felicidade do filho, uma fofa com a trupe toda. O casal lésbico também tem importância no desenrolar da história e são lindas juntas. Justin é simplesmente um amor, vejo muito de mim nele. Brian é aquele charmoso irresistível de coração frio que algumas raras vezes mostra que ainda pode demonstrar sentimentos. Ainda não vi a série toda porque comprei de uma menina que baixava da net, só que a qualidade da imagem não é das melhores, muito menos dos DVDs que travam demais nas últimas temporadas. Meu sonho seria o lançamento brasileiro com legendas em português como The L Word, mas não acontecerá já que a série acabou e não teve o mesmo destaque publicitário que a série lésbica, puro machismo. Realmente dá muita saudade de acompanhar a vida dessa turma de amigos divertida e realista :(

Jader Gomes disse...

Com certeza a forma de abordagem de QAF é bem diferente do que se costuma ver por aí, bem menos esteriotipada.E de fato merecia um maoir destaque do que teve, de qualquer forma, deu conta do recado!

Anônimo disse...

Amo QAF, tudo do primeiro episodio ao penultimo, gostei do ultimo mas poderia ser diferente...
Adoro final felizes.
Sei que tem outras series na tv ou para baixar como diz meu filho mas, adoro QAF sempre que assito novamente vejo sutilezas que não tinho observado.